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Para Enel, clandestinidade é maior entrave ao uso de postes por telecom

Um dos principais problemas para a expansão das redes de telecomunicações nas grandes cidades é como resolver o uso dos postes do setor elétrico como estruturas de suporte aos cabos, cada vez mais de fibras ópticas. E para quem detém os postes, a experiência já indicou que nem cortar os cabos resolve. O caminho seria o compartilhamento dos cabos. 

“As operadoras têm que ocupar apenas um ponto, manter identificados os fios, seguir plano de ocupação, solicitar compartilhamento, além de regularizar pelo menos 2,1 mil postes ao ano. Hoje, a clandestinidade é conveniente. Não há responsabilização. Cada um coloca sua rede no poste e esquece do resto”, afirma o diretor de regulação mercado Enel, antiga Eletropaulo, Sidney Simonaggio. 

Segundo ele, no caso específico da empresa paulista há pelo menos 300 operadoras competindo por espaço nos postes, mas somente cerca de 100 delas com relação contratual efetiva com a distribuidora de energia. “Para mudar e reordenar o caos, só com uma mudança radical no modelo de negócios. Se temos 8 mil operadores no país e só na nossa área cerca de 300, é preciso uma rede compartilhada única. Se cada um tiver o seu, não vai dar”, afirma. 

Mas o debate sobre o tema, promovido pelo portal Telesíntese nesta terça, 25/6, sugere que teles e empresas de energia não estão em sintonia. A Vivo sugeriu a adoção de um paliativo: estruturas que multipliquem os atuais seis pontos de fixação em cada poste para mais, até 10. Mas a proposta foi descartada pela Enel. Compartilhar mais pontos só fará que o excesso vertical vire excesso horizontal. Não vai rolar. Se o ambiente é de saturação, tem que mudar a solução. Não há regra que divida harmonicamente 6 pontos para 300 interessados”. 

Fonte: Convergência Digital

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