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Cabeamento subterrâneo se torna alternativa para o mercado de telecom

No setor de telecomunicações, quando se fala em cabeamento em postes de energia elétrica, surge logo os desafios de acordos com distribuidoras de energia. Porém, também há os riscos de rompimento, sejam causados por intempéries, descargas elétricas ou mesmo veículos muito altos que arrancam os fios. Por outro lado, o cabeamento subterrâneo já foi tendência e vem se tornando a cada dia uma realidade nos grandes centros urbanos do Brasil.

Compartilhamento de postes é solução contra excesso de fios e cabos e melhoria dos serviços de telecomunicação

De acordo com o coordenador técnico da Fibracem, Marco Giannetti, a mudança para este modelo de infraestrutura de rede não altera a eficiência da transmissão dos dados. Para ele, a única diferença neste modelo são os cabos, que necessitam de uma atualização no design construtivo e nos materiais das proteções que as fibras devem ter para não assimilarem os esforços durante os processos de instalação e operação.

“O cabo subterrâneo atual é dimensionado para suportar um esforço de tração máximo equivalente a duas vezes o seu peso por quilômetro, enquanto o cabo aéreo suporta o esforço igual a 1,5 vezes o seu peso por quilômetro para instalações em vão de 80 metros, duas vezes para vão de 120m e três vezes para vão de 200m”, comenta.

O sistema de cabeamento subterrâneo é utilizado em países desenvolvidos há vários anos. Dentre as vantagens práticas, estão, por exemplo, a redução de uma manutenção constante, além de possibilitar uma “despoluição” visual. Entretanto, foi nos últimos anos que o Brasil passou a pensar neste novo molde, porém não avançou como se esperava devido aos altos custos envolvidos no modelo tradicional.

Giannetti afirma, também, que se tratando das emendas de fibra óptica, mesmo com o cabeamento subterrâneo, continuarão sendo usadas algumas dos modelos atuais. Segundo ele, existem no mercado caixas de emenda (CEO) com fechamento termo contrátil (SVT) ou mecânico (SVM), já homologadas pela ANATEL para uso subterrâneo ou aéreo.

“No novo modelo, ou seja, a tendência é reduzir a área ocupada nas instalações subterrâneas com o uso de microcabos em microvalas a exemplo dos países mais avançados no uso dos cabos ópticos”, afirma.

O coordenador técnico enfatiza que com a redução das aéreas ocupadas, se tem, uma redução drástica nos custos de implantação. “Com isso, não haverá mais a necessidade da abertura das atuais valas com amplas dimensões que causam grandes transtornos no dia a dia das pessoas, além de serem muito onerosas”, explica

Benefícios para o setor de telecom

Segundo Giannetti, com a chegada da política de cabeamento subterrâneo utilizando-se os micros cabos, alguns benefícios serão evidentes no mercado de telecomunicações. Para o especialista, com o advento do 5G e da Internet das Coisas (IoT) o uso das fibras ópticas irá aumentar e será necessário disponibilizá-las em muitos pontos, ou seja, a capilaridade da rede óptica será fundamental. “Em um futuro muito próximo, o uso dos microcabos é a solução a ser implementada de um modo muito rápido”, comenta.

Fonte: IPNews

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