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Leilão do 5G pode ser adiado para 2021

Anteriormente previsto para março de 2020, o leilão do 5G pode acabar sendo arrastado até 2021. O motivo seria a falta de definição para a possível interferência da conectividade de quinta geração na recepção do sinal das antenas parabólicas em 22 milhões de casas em todo o Brasil.

Se confirmado, o atraso deve ser recebido com grande insatisfação pelo mercado de telecomunicações, que anseia pelo início das operações com o 5G. A conexão deve movimentar a economia do país de maneira significativa.

Para analistas, não se trata apenas de uma evolução do 4G. A nova conexão móvel é basicamente uma revolução. Possibilitará o surgimento de cidades inteligentes e deve acelerar o surgimento de inúmeras tecnologias.

No entanto, o governo está com dificuldades para encontrar uma solução na possível interferência, que já foi confirmada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O número de residências afetadas corresponde a aproximadamente 31% dos lares no Brasil. Todos eles poderiam ficar sem receber o sinal de determinadas emissoras de televisão, caso o 5G surgisse no país sem essa preocupação.

Há uma previsão de que leilão movimente cerca de R$ 20 bilhões para os cofres do Brasil. Metade do dinheiro será destinada ao governo como outorga e a outra parte será revertida em investimentos nas redes, especialmente em regiões com baixa atratividade econômica.

As antenas parabólicas são as únicas opções para receber sinal de TV aberta em várias regiões do Brasil. O percentual é mais elevado nas regiões Norte e Nordeste, respectivamente 40% e 46%.

Uma das frequências utilizadas pelo 5G é a de 3,5 GHz, é por ela também que o sinal das emissoras de TV aberta é enviado. Com uma interferência, a imagem perde a nitidez. A banda mencionada será a pioneira para adoção da nova conexão móvel no Brasil.

Para antenas domésticas, uma das soluções cogitadas é migrar para a banda Ku. Entretanto, as famílias precisariam trocar seus equipamentos.

A Anatel estuda outras maneiras de resolver o problema, mas ainda não chegou a nenhuma definição certeira para a situação. Na visão mais otimista, o leilão é previsto para meados de 2020, mas a possibilidade de ficar para 2021 é real.

(O Globo)

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