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Rede de fibra ótica vai integrar 80 municípios na Amazônia

Almeirim, Santarém e Alenquer, no Baixo Amazonas, estão incluídos no primeiro trecho do Projeto Piloto, Infovia 00, do Programa Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

A iniciativa prevê a expansão da infraestrutura de comunicações, por meio da implantação de um backbone da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) na região amazônica. Ao todo, a nova rede de fibra ótica subfluvial percorrerá 10 mil quilômetros, interligando 80 municípios e beneficiando uma população de aproximadamente 9,2 milhões de habitantes.

A primeira etapa tem previsão de conclusão em dezembro de 2020 e deve interligar Macapá (AP) ao Pará, pelos três municípios do oeste paraense. A rota da fibra ótica será feita por meio de cabos nos leitos dos rios da Amazônia: Negro, Solimões, Madeira, Purus, Juruá e Rio Branco. O objetivo é acabar com as quedas constantes de serviços por falta de uma infraestrutura adequada de transporte de dados ocasionadas pelas atuais redes de telecomunicações da Amazônia. A região tem grande extensão territorial, baixa densidade populacional, que é carente de conectividade, sobretudo de alta velocidade.

A implantação e operacionalização dessa rede de alta velocidade será feita pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), órgão ligado ao MCTIC. Há 30 anos, a RNP oferece serviços de internet de elevada capacidade, principalmente à comunidade acadêmica do Brasil, ligando à internet 800 instituições espalhadas por todo o território brasileiro.

Os primeiros beneficiários do PAIS serão os alunos, professores e pesquisadores das universidades, institutos de Educação Tecnológica, centros de pesquisa, hospitais de ensino e instituições de Ciência e Tecnologia, conectados pela RNP. Por meio de infraestrutura compartilhada com o setor privado, os provedores de internet e as operadoras de telecomunicações, será disponibilizada conexão à internet em banda larga de alta capacidade para escolas, unidades de saúde, administração pública municipal, estadual e federal, tribunais de Justiça, domicílios e empresas locais, além da possível utilização para os sistemas de telefonia 4G e, futuramente, para o 5G e a Internet das Coisas – IoT. Ou seja, toda a população da Amazônia será beneficiada.

O Programa Amazônia Integrada e Sustentável será financiado e mantido por vários ministérios, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e emendas parlamentares, contando com esses recursos públicos para sua execução. Além de atender a toda a Região Norte, existem entendimentos em andamento para conexão dessa rede do PAIS aos cabos que se conectam ao Peru, a partir de Tabatinga (AM); e à Guiana Francesa, a partir de Macapá (AP).

(Folha do Progresso)

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