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Desafio da Internet é levar conexão a quem ainda não tem no Brasil

O Brasil está em quinto lugar no mundo em infraestrutura de rede, mas com dimensões continentais, o uso da Internet reflete as  desigualdades existentes no cenário macroeconômico. Dados do IBGE apontam que 70% da população brasileira acessa à Internet. Isso significa que ainda há 30% sem nenhum contato com a Rede Mundial. E o desafio que se impõe é levar a conexão para esses brasileiros e reduzir a exclusão digital.

Do ponto de vista de massificação da Internet e do trabalho pelo fim da exclusão digital, os pequenos prestadores de serviços de telecomunicações e de Internet têm desempenhado um papel crucial nos últimos anos. É esse segmento que está levando a fibra óptica, responsável pelo melhor serviço de banda larga, para regiões ainda não atendidas pelo mercado. Atualmente, conforme dados da Anatel, um em cada cinco acessos são em fibra óptica e a maior parte deles feito pelos pequenos prestadores de serviços, que já representam 20% do market share nacional de banda larga fixa.

Entre os excluídos digitais, a falta de conhecimento é a principal razão apontada pelo não acesso à Internet, conforme revelou o suplemento Tecnologias da Informação e Comunicação da Pnad Contínua, divulgado no final do ano passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas também contam para o número de desconectados, o preço, a indisponibilidade de serviço na região onde mora e o custo dos equipamentos necessários – PCs e smartphones- para acessar à Internet.

Em contrapartida, o brasileiro foi o terceiro povo que mais passou horas conectado por dia em 2018, com uma média de 9 horas e 41 minutos online. Destas, em torno de 3 horas e meia foram gastas nas redes sociais, provando que o País incorporou a Internet no seu dia. Mas com tanto tempo de conexão, a fronteira entre vida pessoal e corporativa fica cada vez mais difícil de ser estabelecida.

A disseminação da informação – em especial da desinformação – causa enorme preocupação. À BBC, Tim Berners-Lee, em entrevista sobre os 30 anos da World Wide Web, foi taxativo ao alertar para o que chamou de “proliferação da desinformação e da sordidez na Internet”.  Lee lamentou o fato de milhares de pessoas duvidarem da Internet como uma força do bem. “Eu mesmo diante do que está acontecendo fico abalado”.

Um dos criadores da Internet, Berners-Lee, advertiu que os princípios de uma rede aberta precisam ser salvaguardados e para isso é preciso impedir que ações como atividades maliciosas, como hacking e assédio; projetos de design duvidoso, como modelos de negócios que recompensam cliques e consequências não intencionais, como discussões agressivas ou polarizadas, prejudiquem a evolução da Internet.

Homens e objetos conectados

Mais do que preparar um café ou permitir acender uma lâmpada por controle remoto ou celular, a Internet das Coisas chegou para mudar a vida das pessoas. Dar conectividade a objetos e abrir espaço para comandos inteligentes em inúmeras tarefas do dia a dia é um dos principais propósitos de IoT. Mas também é função da Internet das Coisas aumentar a produtividade no trabalho, melhorar a mobilidade urbana e as condições de segurança pública e privada, agilizar processos e muito mais.

No Brasil, estima-se que o setor receba US$ 9 bilhões neste ano, impulsionado pelas aplicações no agronegócio, na saúde e na prestação de serviços públicos. A expectativa de crescimento anual, até 2022, está acima de 20%. E a explosão dos negócios com IoT estão sendo esperados para o desembarque do 5G, que terá leilão de frequências no começo de 2020, conforme o planejado pela Anatel. Mas muitos não estão esperando o 5G. Já há uma série de aplicações de IoT em uso e sendo desenvolvidas, o que mostra o grande potencial de negócios que se abre para quem trabalha com a Internet.

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