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Trump retira proibição de venda à Huawei, mas equipamentos ‘sensíveis’ continuam banidos

A Casa Branca retirou a proibição que impedia empresas dos Estados Unidos de vender produtos à gigante chinesa Huawei, de acordo com anúncio feito no sábado (29) pelo presidente americano, Donald Trump, após se encontrar com Xi Jiping, em uma reunião no G20, no Japão.

“Nós acordamos que as empresas americanas podem vender produtos para a Huawei”, acrescentou Trump.

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Apesar disso, segundo informou um assessor da Casa Branca neste domingo (30), a decisão será aplicada apenas a produtos amplamente disponíveis por todo mundo, deixando os equipamentos mais sensíveis fora dos limites.

“Tudo que vai acontecer é que o Departamento de Comércio irá conceder algumas licenças adicionais onde há uma disponibilidade geral das partes que a empresa precisa”, disse o diretor do Conselho Econômico Nacional, Larry Kudlow, no programa televisivo “Fox News Sunday”.

Segundo Kudlow, as preocupações mais amplas sobre a Huawei serão parte de novas discussões. O acordo no final de semana “não é a palavra final” no assunto, disse Kudlow.
A Huawei é maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicações e segunda maior fabricante de smartphones. A empresa nega que seus produtos apresentem uma ameaça de segurança e busca lutar contra as medidas em tribunais norte-americanos desde que Washington colocou a empresa na lista negra de exportações no mês passado. Kudlow afirma que a designação continuaria.

Fabricantes norte-americanas de microchips especialmente “estão vendendo produtos que estão amplamente disponíveis em outros países. Essa não é uma anistia geral. As preocupações com a segurança nacional continuarão sendo prioridade”, afirmou Kudlow.

A suspensão parcial de restrições à Huawei era um elemento chave do acordo atingido no final de semana entre o presidente Donald Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, para reabrir as negociações comerciais congeladas entre os dois países.

A medida provocou críticas de senadores norte-americanos de ambos os partidos preocupados com o fato de que a Huawei possui laços próximos com agências de inteligência chinesas que poderiam explorar a distribuição global de sua tecnologia.

“Haverá uma grande reação negativa se isso for uma grande concessão à Huawei”, disse o senador Lindsey Graham no programa “Meet the Press”.

Fonte: G1

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