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MP investiga o que pode ser maior vazamento de dados do Brasil

Menos de um ano para a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – e ainda sem uma definição clara sobre a Autoridade de Proteção de Dados Pessoais – os vazamentos de informações seguem mobilizando o Judiciário. Nesta terça-feira, 03/09, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Unidade Especial de Proteção de Dados Pessoais e Inteligência Artificial (Espec), instaurou Inquérito Civil Público (ICP) para apurar responsabilidades pelo suposto vazamento de dados pessoais dos clientes do Banco Pan.

No inquérito, o MPDFT aponta que uma provável vulnerabilidade na ferramenta de armazenamento de dados em nuvem, utilizada pela instituição financeira, expôs indevidamente 245 gigabytes, o que corresponde a 1.235.151 arquivos de documentos relacionados a clientes do Banco.O MPDFT obteve vasta documentação que inclui digitalizações de documentos pessoais como carteiras de identidade, carteiras de habilitação, comprovantes de residência, CPFs, cartões de crédito, contratos de financiamento, solicitações de saque e extratos bancários, dentre outros.

O MPDFT acredita que este poderá ser o maior incidente de segurança envolvendo dados financeiros no Brasil. Os anteriores envolveram, entre outros, o Banco Inter, que teve de pagar R$ 1,5 milhão por vazamento de dados de 19 mil clientes e a NetShoes, comprada pela Magazine Luisa, que pagou R$ 500 mil pelos dados vazados de dois milhões de clientes, ação, inclusive, que acelerou a sua venda.

(Assessoria de Imprensa do MPDFT)

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